março 03, 2008

Ora aqui está... Feliz Natal Paulinho

Dezembro, além de ser um mês de Inverno de frio e chuva, também é o mês dos meses, aquele em que as pessoas andam felizes, com vontades e desejos, em que a troco de algumas moedas, se compra aquele miminho para quem nos diz muito.

Em 1974, o poder de compra era baixo, as pessoas tentavam poupar o máximo possível (não será o mesmo que hoje em dia?) e as extravagancias a ter eram controladas, onde o pão e vinho sobre a mesa, já dizia a música, não poderia faltar nem algumas guloseimas, que fariam as delícias das pequenas crianças.

Nessa noite de natal, após muito apelar a forças supremas vindas da Lapónia, o tal Senhor barbudo não apareceu, e triste fiquei, apesar de não termos chaminé em casa dos meus pais, ele poderia ter entrado pela janela da cozinha. Mas não apareceu.

Pensava eu que afinal era tudo uma grande mentira, Pai Natal não existia, e andavam a enganar todos os miúdos lá da minha rua e da minha escola.

Na manhã seguinte, dia de Natal, a surpresa aconteceu, tive aquilo que tanto desejava, uma espingarda lança bolas que deveriam acertar em bocas de ferozes animais vindos da selva, e que na caixa estavam desenhados.

Aquele brinquedo era o sonho de qualquer miúdo da minha idade, em que a maldade do acto estava oculto na inocência da idade.


E claro que Natal não é Natal, se não houver umas peúgas oferecidas pela avó e uma par de cuecas que a minha mãe diz fazerem-me falta.

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