julho 27, 2009

Comboio do Oeste

Sendo o comboio um meio de transporte de excelência e centenário o caminho que nos levou de Lisboa à Figueira da Foz era lindíssimo.

Circulando pela zona Oeste, passando por terras lindas, de Mafra ás Caldas da Rainha, de Óbidos até à Figueira.

Apesar de andar devagar, para poder apreciar a paisagem era o melhor.

O tempo da viagem passou sem dar-mos por ele

O dia tinha chegado

Depois de tanta excitação e desejo, tinha chegado o dia da viagem que nos iria levar até à Cerdeira de Góis.

“ Iria levar-nos “ pois não fui sozinho.

Fui eu e o meu primo Luís. Fizemos os dois a viagem até ao

nosso destino.

Combinamos ir juntos, já que também ele iria estar nesse verão em Góis.

Nós temos 1 ano de diferença na idade, sendo ele o mais velho.

Isso não teve problema algum para ir-mos de viagem.

Os tempos eram outros e não era nada do que hoje se vê. Qualquer jovem viaja sem problema algum e o controlo dos pais é menor.

Amor de Pais

Nessas férias de verão, e uma vez que os meus pais só iriam poder gozar as férias dele em Setembro, pedi-lhes que me deixassem ir para Góis em Agosto, sozinho.

Afinal já tinha 18 anos.

Bem sei que tendo reprovado o ano escolar eles iriam mostrar uma cara feia ao meu pedido, mas foram impecáveis e compreenderão a situação e não levantaram muitos problemas. Só me pediram “juizinho”

Fiquei eufórico com a ideia de ir estar 1 mês sozinho nas férias.

Todos os pormenores e detalhes foram planeados para que nada faltasse e para que não esquecesse nada que me viesse a ser útil.

Finalmente o dia estava a chegar.

Paralelos de Vida

Sempre que o tempo queria pregar uma partida, usava truques para desviar a mente da realidade que eu enfrentava naquela altura.

Voltava a estar sem namorada, e a realidade escolar puxava para outras coisas. Testes, trabalhos, aulas e mais aulas.

Neste ano, a turma era composta por maioritariamente rapazes. Só tínhamos 5 raparigas.

O ano não me correu de feição e a dificuldade para estar concentrado nas matérias e manter o interesse era diminuto.

Fui-me arrastando dia após dia, aula após aula, mas a coisa não estava a resultar.

Esse ano foi uma desgraça e no final do ano lectivo o resultado não foi simpático.

Uma reprovação.

junho 20, 2009

O inicio de um fim anunciado

Pergunto eu, quem é que quereria voltar as aulas, quando se passaram umas férias fantásticas e momentos inesquecíveis?

É verdade, custou-me voltar naquele fim de verão ao retorno de um rodopio de aulas.
Depois de momentos fantásticos que tinha vivido e sentimentos únicos, o corpo não correspondia os deveres, e acordar cedo já não dava saúde nem fazia crescer.

Quando eu andava nas nuvens lá “fora” as solicitações eram constantes e o apelo para outras coisas, enorme.
A tempo era amigo dos desejos e entre pontapés na bola e corridas parvas, aquele desejo de estar com a Vanda ia-se esgueirando pelos dedos.

Afinal ainda era muito novo e questionava-me se que aquilo de namorar a sério era coisa boa!
Será que para toda a vida me iria agarrar a uma pessoa sem poder “gozar” outras coisas?

Aquelas dúvidas marcaram-me a realidade daqueles tempos e dai a terminar o namoro foi um passo rápido

Paixões ao luar


Por aqueles tempos, o sentimento recentemente adquirido, fazia de mim uma pessoa diferente daquela do que até aquela altura vagueara pelos corredores e pelos pátios da escola e pelos tempos passados na companhia dos meus amigos.

Cada vez mais passávamos imenso tempo na companhia um do outro, em programas e em passeatas.

O enorme desejo de estarmos juntos acompanhava-me de manhã à noite.
Era tarde e “más” horas quando a deixava, e na companhia do luar percorria o caminho de regresso a casa na ânsia e desejo de rapidamente novo dia chegar.

Noite após noite a paixão que entre nós assolou, fez desse verão um ano que nunca mais esquecerei.

A Primeira vez

As carícias, os toques o ambiente daquele espaço e naquele dia, tudo conjugado fez com que os sentidos do desejo fossem activados.

Perto da cruz alta, em plena serra de Sintra, sentamo-nos numa clareira e entre carícias e beijos roubados, nos braços um do outro, aconteceu o que já há muito desejava-mos.
Não sei como descrever esse momento, mas também não o faria se soubesse. Apenas refiro que ficou e ficará na memória para sempre.

O resto da tarde foi saboreada à sombra de um carvalho a relembrar aqueles momentos e a tentar arranjar desculpas para a falta de jeito de algumas situações.


Naquele dia de verão

Num dia de imenso calor, acho que nos dias que vão correndo hoje em dia é cada vez mais raro, estavam para ai uns 40º, tínhamos combinado ir passear para Sintra.
Era fácil lá chegar, pois o comboio era um meio de transporte rápido e seguro.

Adoro Sintra, aquela fantástica magia das ruas da vila velha, saboreio aqueles doces (travesseiros e queijadas) banho-me naquelas fantásticas praias.

Em dias de calor, passear na serra era fantástico pelos cheiros emanados pelas flores e pelo fresco das suas árvores.
Sentir aquele pequeno animal, fugindo ao primeiro sinal de gente, deixando para trás uma pequena bolota ou uma tenra raiz.
No ar pairava o desejo de encontrar por traz de uma grande árvore, Duendes ou pequenos Hobites.

Verao Azul

Este titulo lembra-me aquela série espanhola "O Verão Azul"

Esse verão foi fantástico, ela fez-me sentir mais responsável, mais homem, a sua sensibilidade e visão das coisas foi maravilhosa.
Passeamos muito, passamos muito tempo em que partilhávamos experiências, ideias, desejos.

Naquelas alturas ainda era um pouco pecado ver alguém beijar outra na boca, em plena rua.
Nunca tive problemas desses, mas sentia-mos olhares indiscretos e comentários manhosos.

Foi com a Vanda que me iniciei naquela coisa que duas pessoas que se amam, gostam de fazer. AMOR

maio 02, 2009

Paixões de verão

As caras que fazemos e os comportamentos que temos quando estamos paixonados são engraçados e fazem de nós seres frageis e capazes de tudo fazer para agradar á pessoa amada.

A Vanda foi uma paixoneta de escola, daquelas que nós ao longo dos anos fomos sentindo ou por colegas ou por professoras. Coisas sem sentido, mas que tocam-nos de uma maneira diferente e fazem com que olhemos a pessoa de que gostamos, ser especial aos nossos olhos e que a levemos aos pincaros dos momentos agraveis de amor entre 2 seres.

abril 26, 2009

A caminho do Almoço

Uma vez mais e chegados ao fim do ano lectivo, juntamo-nos todos num grande almoço de despedidas e desejos de no ano seguinte nos voltarmos a enconrar na mesma turma ou escola.

O repasto foi feito no escondidinho, um pequeno restaurante ao pé da escola, e que hoje em dia quando lá passo a porta ainda me recordo desses tempos.

Se não me engano o almoço foi bifinhos com batatas fritas e a “bela” da cerveja bem fresca.

Durou grande parte da tarde o convivio e depois dele, andamos a vagear pela escola a fazer tempo para regressar a casa.

Esse dia ficou marcado pelas trocas de afectos entre mim e uma colega. Amiga essa que já me tinha feito sentir algo de especial, quando estavamos juntos.
A partir daqui o tempo teve outro significado tantos foram os minutos passados juntos nesse verão.

abril 25, 2009

Dar o Nome


Se há alguma coisa que temos de mais sagrado, o nosso nome é uma delas.

Os dias de escola, corriam o seu tramite normal, com os dias a passarem e os desejos das férias chegarem rápidamente.

Como qualquer rapaz da minha idade, uma coisa era certa, chegando a esta altura, todos nós teriamos que ir a junta de freguesia dar o nosso nome para constra nos ficheiros da Ministério da Defesa, para mais tarde vir a ser chamado para cumprir o Serviço Militar Obrigatório.

Para muitos isso seria algo não desejado ou por interromper os estudos, ou por não quererem sair de casa e ter que sofrer um pouco com o que já não fazia sentido. Guerra.
Felizmente o Ultramar já tinha acabado.
Para outos era o momento demonstrativo da passagem de idade, de miudoss para jovens responsaveis.

Havia ainda outros que tinham esperança de não ser chamados, utilizando esquemas e as chamadas cunhas.

Acreditem que nesse dia em que fui a Junta, o meu estomago deu sinal de nervossinho miudo.

abril 09, 2009

Todos ao banho

Aos poucos a penugem da cara ia sendo transformada em algo mais maduro e dando sinais de mudança a putos que já se sentiam jovens rebeldes.

As rondas ás miúdas, mandando piropos e beijos fugidos, as idas ao Minipreço comprar Cerveja para ir beber para trás dos pavilhões, e as constantes trocas de "galhardetes" com outros rapazes fazia de nós uns gabarolas tentando fazer não sei bem o que!
O tempo quente de maio já se fazia sentir e com ele os desejos de uma ida a praia.
Num daqueles dias houve uma greve, que foi geral, tal a quantidade de professores que não deu aulas.
Na minha turma juntamo-nos uns quantos e a troco de uns trocos, apanhamos a "carreira" e lá fomos nós prós lados de carcavelos a banhos.
Mal os nossos pais adivinhavam tamanha ousadia dos seus queridos filhos.
Que posso dizer desse dia passado na praia? TUDO o que possam imaginar em rapazes de 15/16 anos.

abril 01, 2009

Dia das Mentiras

Se há dias em que mais valia não sair de casa para não ser apanhado desprevenido, o dia 1 de Abril é um desses.
Se nós já não eramos muito calminhos, e todos juntos transformava-mos a escola um suplicio para alguns professores, quando chegamos a uma aula de matemática e o professor diz que é dia de teste sem ter dito nada antes e sem preparação, foi a revolta total.
Só faltou voarem cadeiras e a debada parcial da turma porta fora esteve a um passo de acontecer.
O senhor lá foi dizendo bla bla bla e tentando acalmar as hostes, pôs agua na fervura e diz num tom apalarmado e sem graça nenhuma... "eh eh eh apanhados, hoje é dia das mentiras"
Mas que raio pretendia ele fazer com um susto daqueles? Provocar algum ataque cardiaco?
Se ele já estava tomado de ponta antes deste episódio, está claro que depois disto nunca mais teve descanso.
Não se deve brincar com coisas sérias.

março 04, 2009

Escola dos rebeldes

De volta ás aulas e aos amigos que grandes conversas tinham a contar das férias, aventuras e locais que durante 3 meses deram para rolar novidades e vaidades.
A Ferreira Dias tinha-se tornado um escola rebelde, pois abrigava após a separação da Gama Barros, os cursos maioritariamente masculinos.
Desporto, Electricidade, Mecânica.
Ainda haviam muitas raparigas, mas a maioria dos alunos eram rapazes.
Estávamos em meados ds anos 80, onde era “ cool ” camisas aos quadrados pretos e brancos, fio de prata com medalha por fora das camisolas, cabelos aos caracóis e tenis da marca TABE.
Eu incluia-me nessa onda, pois alem do fio e camisa foleira “ pra caneco ” tinha os meus Tabe cor castanho.
São os resultados da moda, que todos os anos dita as suas leis.
Os rapazes armados em garanhões, para engatar as miúdas, faziam-se pavonear em grandes rituais de conquista e parvoíce.

fevereiro 10, 2009

Volta a Portugal em “Bike”

O ciclismo é um desporto popular e movimenta massas em sua volta quando chega a altura da volta a Portugal em bicicleta.
Nesse ano Gois recebeu uma passagem dos corredores pelas suas estradas.
Nesse verão as pessoas lá da aldeia, juntaram-se e foram ver a passagem da comitiva. Grande festa e romaria se realizou nesse dia, metendo pic-nic e banhos no rio Ceira.
Se hoje em dia a azafama é mais que muita nesse tempo apesar de não ser tão grande, mexia com as pessoas que no alto dos muros árvores ou simplesmente a beira da estrada gritavam com quantas forças tinha o nome dos ciclistas de sua preferência.
Foi um dia em grande para todos, e nós miúdos a coisa foi para ficar na memória para sempre. Nesses dias as bicicletas eram a brincadeira preferida de todos nós, e ruas acima ruas abaixo não se dava descanso aos pneus que com o alcatrão a escaldar do calor se sentiam refrescados quando passávamos pelo ribeiro em grande estilo TT.
Numa brincadeira sem consciência dos perigos que poderiam acontecer, eu e o Ivo, um grande amigo desses tempos de verão, demos um tamanho trambolhão na minha bicicleta, que até ao resto dos meus dias ira ficar marcado numa cicatriz no meu braço direito, esse episódio.
Andei um mês, diariamente a fazer penso e tratamentos para recuperar o estrago.
Putos.