setembro 27, 2008

Jogos de Verão

Todos os anos, em Agosto, pela altura do 2º ou 3º fim de semana, realizavam-se entre as aldeias lá em Gois, uns jogos tradicionais onde se incluía Corridas de vários escalões, Dominó, jogo de cartas sueca, jogo da malha, Tiro, jogo da corda e Futebol.
A aldeia dos meus pais, Cerdeira, também participava sempre e com bastantes praticantes. Quase todos os que na aldeia viviam ou passavam férias aderiam a este entusiasmo.
Era o futebol que mais adrenalina trazia as manhãs desses dias, e mais disputas entre as pessoas. Ninguém gosta de perder, e mesmo a feijões a culpa é sempre dos árbitros.
A “ nossa ” aldeia era sempre a que mais fervor e vontade de vencer dava aos jogos, era sempre a que mais inscritos trazia e no fim quase sempre a que mais vitórias tinha.
Já no futebol a conversa era outra, pois havia uma equipa de uma aldeia próxima, que trazia sempre “ craques ” de fora.
As equipas só poderiam apresentar pessoas ligadas a terra, filhos, netos ou familiares directos. Apesar de as outras equipas reclamarem, havia sempre algum primo do tio do vizinho do avô. Enfim.
Eu participava em alguns desses desportos e nesse ano fui “ convocado ” como jogador da equipa de futebol, apesar de ter 15 anos.
Eram quase sempre 5/6 as aldeias participantes (todas vizinhas umas das outras) que a Este do concelho de Góis faziam esta festa, comemorada no fim dos jogos com medalhas e taças para os melhores, e um repasto para todos.

Férias na Aroeira

Terminado mais um ano escolar, era a vez de dar descanso há cabeça, e deixar os 3 meses de férias correrem o seu tempo sempre divertido e bem passado.
Uns amigos dos meus pais tinham comprado um terreno lá prás bandas da Costa da Caparica, numa zona arborizada e ainda muito desconhecida, ao qual deram o nome de Aroeira.
Nestas férias de verão, a convite deles, fomos lá passar uns dias para conhecer a casa e a zona, e aproveitar umas horas bem passadas na praia da Fonte da Telha, que ficava bem perto.
Ainda se construíam muitas moradias, as ruas eram em terra batida e o saneamento básico ainda não chegava a todas as casas.
O local era bonito, pois havia pinheiros por todo o lado, e quem construía deixava sempre alguns no seu lote de terreno para dar boa sombra á casa.
Esses amigos dos meus pais tinham 2 filhos, mais velhos que eu ai uns 5/6 anos mas juntamente com o meu primo luís, os 4 fazíamos grandes jogatanas na praia e lá pela aroeira corríamos tudo em boas brincadeiras.

setembro 09, 2008

O “meu” Computador

Com o aparecimento dos micro computadores, surgiu na Ferreira Dias, uma sala de estudo onde foram colocados 4 desses computadores.
Quem quisesse praticar tinha que se inscrever e esperar a vez, que poderia ser horas mais tarde ou até dias.
Tudo naqueles computadores, tinha que ser feito a mão, pois as máquinas não tinham disco rígido.
Teríamos que ter umas folhas com o programa que se pretendia, e depois de o escrever todo, começava a funcionar.
Nós tinha-mos um jogo, que era o mais básico que havia, o da cobra a comer bolas, e que levava 15/20 minutos a escrever todo no computador, e depois ficávamos ali o resto da hora que dispúnhamos a jogar.
Era só isso que nós fazíamos quando lá íamos.
Quem dava algum apoio naquele espaço, era um professor, mas ele também tinha pouca paciência para ensinar. A ideia da escola era dar a conhecer aos alunos os computadores, antepassados dos que hoje temos em casa.

setembro 02, 2008

O Spectrum

Nestes tempos computador, era coisa de grandes dimensões, podendo ocupar áreas de varias dezenas de metros quadrados.
Eram utilizados somente em fabricas e em industrias robotizadas.

Em meados dos anos 80 apareceram uma máquinas computorizadas que poucos tinham que seriam o primórdio dos jogos de computador. Os Spectruns.

Estes equipamentos era parecidos com os gravadores, em que se colocava a cassete com o jogo, ligava-se o aparelhometro ao Televisor, e coisa acontecia no ecran.

Grande maravilha, para esta altura, onde os jogos ainda muito básicos, faziam a alegria da malta.

Na minha turma o único que tinha esta “ máquina ” era um tipo que pouco se dada com a malta. Também ele não era dos que jogavam a bola.
A partir daquela altura tornou-se um dos maiores amigos de todos. EHEEH putos...

Ele morava perto do novo Centro Comercial Cacem, que naquela altura tinha acabado de ser inaugurado, e conectado como um dos maiores da europa para a altura.
Era o inicio dos Centro Comerciais, tal como os conhecemos hoje em dia.

A quando da sua construção muitas horas e caminhadas fizemos nós nas horas livres para tentar “ resgatar ” uma t ’ shirt do Centro.
Aquela coisa era simplérrima, branca com o logótipo alaranjado na frente.
O logótipo era a cara de uma miúda com cabelos semi compridos.

Hoje quando me lembro, ainda me rio das figuras triste que fizemos.

A Guerra do Fogo

Uma ida ao cinema nestes tempos era bastante diferente do que nos dias de hoje.
Alem de não haver tantas salas de cinema, também os filmes eram poucos.

As vezes em que eu fui ao cinema no Cacém, foi ao salão dos bombeiros e ao único cinema que havia o S. João, onde os filmes de Kung-Fu, de Cowboys, e de pontapé na Boca, eram as opções para uma melhor escolha.

Uma das vezes o filme era para maiores de 18, mas eu infiltrado no meio de uns vizinhos que já tinham essa idade lá entrei para ver o Justiceiro das Garras.
Porrada da certa e sangue a jorros fizeram daquela película uma verdadeira maravilha para miúdos como eu.

Numa visita de estudo, outra vez de História, fomos ver o filme A Guerra do Fogo.
Para ver esse filme, tivemos que ir a Mem Martins ao Cinema Chabi.


Para quem nunca viu, este filme retrata os tempos pré-históricos, em que o homem de Neandertal lutava pelo fogo, que naquele tempo não havia.
De um raio provocado por uma trovoada, surgiu o fogo, e quem o detinha era poderosos e cobiça de outros povos.
Essas tribos detentoras do fogo já eram mais evoluídas que outras que não o detinham.
O filme não tinha legendas nem palavras, só susurros e grunhidos feitos pelos humanos desse tempo.

Para miúdos como eu que gostavam era de filmes de porrada, foi uma grande pachorra.


Mais uma vez tivemos que fazer um trabalho escolar sobre o filme e o que ele retratava.