março 05, 2008

As minha primeiras Férias Grandes

Os últimos dias de escola, foram passados com emoção e ao mesmo tempo desejos de terminar.

Pouca coisa fizemos relacionado com estudos, aprendi as letras os números a escrever algumas coisas, e pouco mais. O ensino atravessava uma grande confusão.

As aulas iriam ficar suspensas até Outubro, os tempos de brincadeira com os novos amigos e dos trabalhos escolares, mas viriam dias de manhãs fartas em correrias, onde os índios e cowboys andariam atrás uns dos outros, onde no descampado lá do bairro, as fortes balizas de paus queimados revestidas de serapilheiras routas, iriam ser fortemente bombardeadas por potentes remates de jogadores ávidos de gritar... GOLOOOOOO, e tardes quentes de corridas de caricas e jogos do pião.

Que bom seria, voltar novamente aquela canseira... de nada fazer e tudo acontecer.

Dizia-me a minha mãe...são as tuas primeiras férias grande. e para mim isso era algo de novo, e estranho, pois sinceramente a escola não foi assim tão difícil.

Os rapazolas em aventuras destemidas mas muito arreliadoras para as mães, deixavam aquela rua num estado de autentica revolução, onde tudo servia para por em prática novas brincadeiras.

Uma das mais perigosas, mas que nos dava grande prazer era a de imaginárias "guerras" pacíficas praticadas por crianças santas, pois subíamos às grandes arvores e ao telhado do velho palheiro da quinta do Sr. Zé, empunhando fisgas feitas de câmaras-de-ar de pneus velhos e armas toscas em pau de figueira e tábuas das caixas da fruta.

A quinta tinha 2 grandes poços de água para a rega, e depois das "batalhas" a malta bebia água dai. Acredito que aquilo não deveria ser lá muito bom, mas puto é puto, e não se liga a isso. Ainda nos chamavam mariquinhas e isso para um guerreiro não pode acontecer...ahaahaahah

Ao fim do dia, todos nós sentados na margem do lago que se formava lá no fundo da quinta, e onde as rãs em fim de tarde grande alarido faziam, combinávamos novas estratégias para o dia seguinte.

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