março 03, 2008

Dos cromos do VICKIE ao "galático" do Eusébio

Não esperava tamanha alegria, poder dizer, que naquela altura a escola era muito especial para mim, e para todos os meus colegas.

Estávamos a gostar de tudo e de como era divertido aprender... desenhando!!!

Pois, é verdade, na realidade nós só fazíamos, desenhos, picotar os recortes de desenhos das folhas com agulhas, algumas visitas de estudo (todas efectuadas nas escavações da nova urbanização da quinta da Fidalga) e alguns jogos na sala de aulas.

A nossa aprendizagem, resumia-se a isto.

Dizia-se que derivado ao novo estado em que se encontrava o país, não havia nenhumas directivas para leccionar, e os professores andavam um pouco confusos e sem saber a matéria a dar.

Os dias iam passando, e nós cada vez mais amigos uns dos outros. As brincadeiras eram mais que muitas e as novas aventuras traziam a mentes pequenas grandes prazeres de descoberta.

Naquela altura, nas poucas horas semanais de desenhos animados que se via na Televisão, um pequenos aventureiro surgiu vindo de terras além mar, frias como o gelo do Pólo Norte e que em tempos de aventuras náuticas lá prós lados da Grande Cidade, eu imaginava brincar.
Esse pequeno aventureiro, VICKIE de seu nome, era astuto, brincalhão e era o ídolo dos seus, pois apesar de ser pequeno, tal como nós, era inteligente e arranjava sempre a solução para os desafios da sua tribo Vicking.

Todos nós adoravámos esses desenhos, e quando surgiu a colecção de cromos (que coisa fantástica eram as colecções) fui logo pedir aos meus pais para a fazer.

Um dos truques que tinha para poder ter a colecção terminada, passavam pela D.Ana da padaria, onde todas as pessoas iam compra pela manha pão fresquinho, e que gentilmente ela servia de intermediária as lista de falta dos cromos de cada um e onde se fazia as trocas de repetidos.

Graças a ela, consegui acabar a minha. Obrigada D.Ana

As colecções de cromos estavam naquela altura numa alta situação, pois todos os meses surgiam novos temas a coleccionar.

Uma delas, que também há minha mãe implorei, pois mãe é mãe e são mais elas a cederem que os pais, foi a dos cromos de ABola, caricaturas dos ídolos do pontapé na bola, que naquela altura tinham no Rei Eusébio o seu expoente máximo.

Viva o Eusébio, viva o BENFICA

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