O Universo a falar comigo e a explicar como todos os dias se recebem "presentes" de natal...
março 31, 2008
Putos armados aos "Pingarelhos"
março 29, 2008
A minha Bicicleta
As férias de verão corriam sempre em grande aceleração e dentro das brincadeiras que a malta gostava, havia uma que era do agrado de todos.
As corridas de Bicicleta.
Eu tinha uma trotineta vermelha, e era com ela que me divertia, mas sendo já crescido gostava de ter outra coisa mais evoluída.
Como prenda da minha passagem para o 7º ano, os meus pais deram-me uma Bicicleta. Uma Caloi Berlineta.
Que prenda mais fantástica, e como eu adorei o dia em que a fomos buscar a Lisboa, uma loja que havia ali na Almirante Reis, ao pé do Banco de Portugal.
Ela era verde, e ao meio tinham uma tranca que permitia dobrar a bicicleta, para assim ser mais fácil o seu transporte de carro.
Há uns anos trabalhei lá perto e ainda existia essa loja, mas hoje em dia é um Restaurante.
Como dizia, grandes brincadeiras e corridas nós fazíamos com as nossas "bikes". Estrada acima rua a baixo saltar montes e derrapar com o pneu traseiro.
Para dar mais estilo, eheheeh os miúdos são terríveis, púnhamos umas cartas das de jogar, presas com molas nos raios da roda de traz, e aquilo parecia um barulho de mota.
A minha mãe ADORAVA ver-me ao fim do dia com as calças cheias de óleo da corrente e braços e mãos negros como o alcatrão da estrada.
Corríamos algum perigo, pois íamos a pedalar pelas estradas até Sintra, circulando ao lado de carros.
Eu acho que os nossos pais nunca souberam destas loucas viagens. Para eles andávamos sempre por ali perto.
março 27, 2008
Vamos pra praia
março 25, 2008
Chico Fininho
Molha Pão
Nos intervalos das aulas, furos ou nas faltas de professores, a malta gostava de sair da escola e um dos locais escolhidos era o rio que passa junto a escola e que já vinha de Meleças. Ribeira das Jardas.
Um dia, depois de uma manhã de sábado (nessa altura havia escola ao sábado até as 14H) sem aulas, tivemos que vir a corre para a aula das 13h, depois de grandes brincadeiras num grande tanque de rega numa quinta na Tala, o Molha Pão.
março 20, 2008
O Franciu
março 19, 2008
O meu primeiro Beijo na boca
Vamos jogar ao Bate Pé
Nos intervalos, além da bola que não se podia praticar quando os campos estavam ocupados, jogava-se a mata, rebenta, ao lenço e a um outro jogo que na altura surgiu e que deixou todos nós malucos. O BATE PÉ
março 18, 2008
Chegei a Secundária
Os gaiatos tinham-se transformado em pequenos adolescentes em que começa a despertar a idade de toda a irreverência.
Que saudades tenho dessa escola, a António Sérgio.
Alguns amigos, que me tinham acompanhado desde a 1ª classe continuava-mos todos juntos na mesma turma, 1º ano Turma C. O meu número eram o 25.
A minha turma, tinha as aulas de tarde, só as 4ª é que havia 3 horas de manha, 1 hora de Religião e Moral e 2 horas de Ginástica. Ahahahaah, depois de uma ida ao céu, jorrava-mos suor a potes de tanto correr.
O Vítor, o Jacinto, o Cabrita, o Rogério, o Luís, e acho que havia mais 1 ou 2, mas não me lembro do nome deles. Naquela altura, os rapazes brincavam pouco com as raparigas, outros tempos, por isso das miúdas não sei mesmo o nome das que também ficaram na mesma turma.
No primeiro dia da escola, fui com os meus pais, todo aprumadinho e com a mochila cheia de material escolar.
Nós que tivemos poucos livros na primária, agora era 1 por cada disciplina, e elas eram 10, fora os cadernos, lápis, canetas, compasso, réguas, esquadro, sem esquecer também os ténis, calções e camisola de ginastica.
Como seria toda esta gestão de material, para putos como nós que de organização pouco tinham e adoravam era a bola e correrias.
A apresentação foi feita na 1ª aula, de Português, onde o Director de turma deu as boas vindas a todos e desejo de bons estudos. Umas atrás das outras, as aulas que tínhamos para esse dia, foram todas de apresentação.
Novos colegas conheci, e nessa noite à mesa de jantar a conversa era só uma... O meu primeiro dia da Secundária
Pai Herói
março 17, 2008
O apanha Pára-Quedas voador
março 09, 2008
As corridas dos Carrinhos de Rolamentos
Foi nesse ano em que eu fiz o meu 1º carrinho de rolamentos.
Os rolamentos foram pedidos numa oficina de carros que havia na Abelheira, e que eram para ser deitados para o lixo.
Arte e engenho feita à base de muita lata e ferro-velho, acessórios de automóveis e motociclos, madeira e até a recuperação de utensílios da lavoura.
Quem não gostava nada eram os nossos pais, pois as provas eram disputadas numa rua lá do bairro, que sendo inclinada fazia os carros andar muito bem.
O prémio de Jogo
março 07, 2008
O vira dos Professores
março 05, 2008
A nova Escola Primária
As minha primeiras Férias Grandes
Pouca coisa fizemos relacionado com estudos, aprendi as letras os números a escrever algumas coisas, e pouco mais. O ensino atravessava uma grande confusão.
As aulas iriam ficar suspensas até Outubro, os tempos de brincadeira com os novos amigos e dos trabalhos escolares, mas viriam dias de manhãs fartas em correrias, onde os índios e cowboys andariam atrás uns dos outros, onde no descampado lá do bairro, as fortes balizas de paus queimados revestidas de serapilheiras routas, iriam ser fortemente bombardeadas por potentes remates de jogadores ávidos de gritar... GOLOOOOOO, e tardes quentes de corridas de caricas e jogos do pião.
Que bom seria, voltar novamente aquela canseira... de nada fazer e tudo acontecer.
Dizia-me a minha mãe...são as tuas primeiras férias grande. e para mim isso era algo de novo, e estranho, pois sinceramente a escola não foi assim tão difícil.
Os rapazolas em aventuras destemidas mas muito arreliadoras para as mães, deixavam aquela rua num estado de autentica revolução, onde tudo servia para por em prática novas brincadeiras.
Uma das mais perigosas, mas que nos dava grande prazer era a de imaginárias "guerras" pacíficas praticadas por crianças santas, pois subíamos às grandes arvores e ao telhado do velho palheiro da quinta do Sr. Zé, empunhando fisgas feitas de câmaras-de-ar de pneus velhos e armas toscas em pau de figueira e tábuas das caixas da fruta.
A quinta tinha 2 grandes poços de água para a rega, e depois das "batalhas" a malta bebia água dai. Acredito que aquilo não deveria ser lá muito bom, mas puto é puto, e não se liga a isso. Ainda nos chamavam mariquinhas e isso para um guerreiro não pode acontecer...ahaahaahah
Ao fim do dia, todos nós sentados na margem do lago que se formava lá no fundo da quinta, e onde as rãs em fim de tarde grande alarido faziam, combinávamos novas estratégias para o dia seguinte.
março 04, 2008
Hora do lanche - o Leite
No intervalo, em fila indiana, todos nós tínhamos direito a uma embalagem de plástico com 1/4 de litro de leite UCAL.
Eram essas as embalagens de leite usadas na altura, e que nós rasgando a ponta punha-mos na boca e pimba, para dentro. Rápido e eficaz.
Hoje acredito que naquela altura, para muitos miúdos era a única refeição que tinham tido depois do pequeno-almoço.
março 03, 2008
Ora aqui está... Feliz Natal Paulinho
Em 1974, o poder de compra era baixo, as pessoas tentavam poupar o máximo possível (não será o mesmo que hoje em dia?) e as extravagancias a ter eram controladas, onde o pão e vinho sobre a mesa, já dizia a música, não poderia faltar nem algumas guloseimas, que fariam as delícias das pequenas crianças.
Nessa noite de natal, após muito apelar a forças supremas vindas da Lapónia, o tal Senhor barbudo não apareceu, e triste fiquei, apesar de não termos chaminé em casa dos meus pais, ele poderia ter entrado pela janela da cozinha. Mas não apareceu.
Pensava eu que afinal era tudo uma grande mentira, Pai Natal não existia, e andavam a enganar todos os miúdos lá da minha rua e da minha escola.
Na manhã seguinte, dia de Natal, a surpresa aconteceu, tive aquilo que tanto desejava, uma espingarda lança bolas que deveriam acertar em bocas de ferozes animais vindos da selva, e que na caixa estavam desenhados.
Aquele brinquedo era o sonho de qualquer miúdo da minha idade, em que a maldade do acto estava oculto na inocência da idade.
E claro que Natal não é Natal, se não houver umas peúgas oferecidas pela avó e uma par de cuecas que a minha mãe diz fazerem-me falta.