Nunca mais chegava a hora do intervalo, para se poder andar em grandes correrias e brincadeiras infindáveis, para galantear as miúdas, e para ir a banho em tempo quente a ribeira de Meleças.
A sombra das árvores acolhia debaixo dela, miúdos cansados de tanta bola, de jogos do apanha e do arrebenta.
As idas ao supermercado, proporcionava ávida vontade de cerveja e batatas fritas. Trazíamos amendoins e Bom-Bocas, que boas eram elas recheadas de morango.
É claro que todos estes devaneios não iriam dar bons resultados no final do ano escolar, mas a malta pouco se importava. Coisas de miúdos.
Nesse ano considero que foi uma grande lição de vida para mim.
E eu que até frequentava a catequese e ia ao Domingo a missa, não tinha ainda adquirido os princípios de saber, estar e respeitar.
Sim, o respeito que não tive pelos meus pais, que com sacrifício puseram o filho a estudar e ele andou nesse ano a passear a mochila com livros lá dentro que mal viam a luz do dia se não quando eram abertos nas aulas.
No final do ano, reprovei com 5 negativas.
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