abril 07, 2008

Orgânica da Escola

Eu adorava a escola, e todas as alterações que teve na minha vida.
Senti que estava mais crescido e com mais solicitações a vários níveis.

Na minha turma, éramos 30, alguns repetentes, com feitios e maneiras de ser diferentes uns dos outros.
Tínhamos 5 raparigas, as áreas mais mecânicas eram pouco atractivas para as miúdas.
As aulas técnicas (electricidade, mecânica) eram realizadas nas oficinas, as gerais (português, francês, inglês, matemática, biologia, química) no edifício principal, e as outras nuns pavilhões que existiam nas traseiras e no edifício antigo, que era a escola original.

Tirando o edifício principal, que tinha algumas condições de leccionar as aulas e as oficinas, os pavilhões e a escola antiga eram muito degradantes e sem condições. Não entendíamos como era possível aprender o que quer que fosse em locais onde ratos, frio, material partido e outros, eram uma realidade nada abonatória para uma escola.
Nem para outro lugar.

Os tempos eram difíceis, o ministério tinha poucos recursos e os docentes pouco poder tinham ainda. Não havia manifestações como hoje em dia.

Eu lembro-me de não haver material nas oficinas para fazer os trabalhos, e termos nós que pedir aos pais para o comprar.

A minha 1ª experiencia num trabalho de electricidade, foi realizar uma corrente continua numa placa de madeira, em que o esquema fazia acender uma luz no topo do trabalho.

As aulas de ginástica eram quase todas no exterior, pois o pavilhão desportivo existente era pequeno, só cabendo um campo de voleibol no seu interior.
O pavilhão só servia para mudar de roupa e tomar banho depois das aulas. Mesmo os balneários eram pequenos e pouco confortáveis.

A cantina e o bar era ainda o que mais se aceitava. Aliás o bar era relativamente novo, tinha sofrido obras no ano anterior.

Para poder almoçar na cantina tinha que se comprar a senha no dia anterior.

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