fevereiro 26, 2008

Mudar de ares, malas e bagagens para os lados de Sintra

Em meados de 1972, os meus pais sentiram a necessidade de mudar de casa, pois o espaço já era pequeno com a chegada á bica de outros tios meus, que entretanto se casaram.
O ciclo voltava a ser o mesmo.

Naquele tempo o meio de transporte rápido, seguro e directa à Grande Cidade de Lisboa, era o comboio.


Numa viagem de fim-de-semana, onde ir a banhos ás Maças e provar umas belas queijadas e beber um chá das 5, na Villa de Cintra, terra de lendas e encantos que em tempos Camões escreveu versos e prosas, sobre suas serras, Castelos e belas Donzelas, era romântico, levou os meus pais a constatarem que se desenvolviam novas localidades nessa zona, subúrbio de Lisboa

Onde outrora campos e quintas senhoriais eram uma realidade visível, agora floresciam grandes casas, prédios da nova era, em que a casa de banho era uma realidade e os olhares do alto das suas varandas deixavam qualquer pessoa na rua parecer uma formiguinha.

Uns dias mais tarde, após reflectirem, puseram pés ao caminho e numa viagem de pesquisa, encontraram o novo local para tornar feliz a família entretanto constituída.


Origem do Nome

O nome “Agualva” deriva de “Agua alba”, do latim “Aqua Alba” e a primeira referência que lhe é conhecida remonta às Inquirições Afonsinas de 1220.

A designação deriva da limpidez que há muitos séculos caracterizou a água das ribeiras que atravessa a freguesia.

História O povoamento do território da freguesia remonta à conquista Cristã de Lisboa e Sintra aos Mouros, em 1147, por D. Afonso Henriques. A primeira referência conhecida surge nas inquirições Afonsinas de 1220.

No século XII, “Águalva ” e Cacém já eram povoadas. O curso da ribeira das Jardas ou da Água Alva demarcavam então os limites administrativos e paroquiais. Agualva e outros lugares da margem esquerda da Ribeira faziam parte da freguesia de Belas, enquanto Cacém, São Marcos e outros lugares da margem direita estavam integrados no termo de Sintra e faziam parte da freguesia de Rio de Mouro.

Note-se que Agualva, enquanto lugar da freguesia de Belas era lugar conhecido por Jardo, o que levou o célebre Bispo de Lisboa, D. Domingos, por ter nascido ali, a apelidar-se de Jardo. Nos séculos seguintes expandiu-se o povoamento e a ocupação do território com o aparecimento de várias quintas solarengas (Quinta da Barroca, Quinta da Fidalga, Quinta do Tojal, etç) novos casais agrícolas e a Feira de Agualva, uma das mais antigas da região saloia, que se realiza desde 1713.

(fonte: J.F. Agualva)


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